28 mar 17
O câncer é uma doença que se caracteriza pelo crescimento desordenado e invasivo de células do nosso corpo. Obviamente esta é uma informação técnica e fria sobre uma doença, mas que na prática traz uma série de dúvidas, angústias e sofrimento para aqueles que sofrem com a doença e de seus familiares. Como uma doença complexa e grave, com tratamentos e terapias agressivas, e com consequências físicas e emocionais enormes, pensar em todos os aspectos é muito importante.
Atendo em meu consultório pacientes com câncer e claramente percebo que um destes aspectos é algumas vezes negligenciado durante o processo de diagnóstico e tratamento. O aspecto nutricional! A razão para isto é que após o diagnóstico os pacientes são submetidos a inúmeros exames para estadiamento e acompanhamento da doença, cirurgias, quimioterapia e radioterapia, o que torna a sua vida tão intensa e atribulada, que é realmente difícil se pensar em todos os detalhes. Mas os aspectos alimentares e nutricionais não podem ser esquecidos. A má nutrição é um problema comum em pacientes com câncer e tem sido reconhecida como um efeito adverso importante da doença, já que aumenta a morbidade e mortalidade, além de causar um prejuízo à qualidade de vida. Mais do que isso, a perda de peso causada pela doença é um indicador de pior prognóstico em pacientes com câncer. Saibam que 80% dos pacientes com câncer digestivo e 60% dos pacientes com câncer de pulmão já se apresentam com perda significativa de peso (mais de 10% do peso em 6 meses) no momento do diagnóstico. Por isso, todo paciente com câncer deve ter a sua parte nutricional avaliada e estudada por um especialista capacitado em nutrição e que entenda a complexidade dos cuidados de um paciente com câncer. (mais…)
O câncer é uma doença que se caracteriza pelo crescimento desordenado e invasivo de células do nosso corpo. Obviamente esta é uma informação técnica e fria sobre uma doença, mas que na prática traz uma série de dúvidas, angústias e sofrimento para aqueles que sofrem com a doença e de seus familiares. Como uma doença […]
09 jun 15
O trato gastrointestinal humano constitui o habitat de uma comunidade bastante grande e diversificada de microrganismos (bactérias). A colonização do trato gastrointestinal inicia-se imediatamente após o nascimento. Durante os primeiros dias de vida, o intestino é colonizado por bactérias provenientes do ambiente e da mãe. Entre 10 a 20 espécies compõem em torno de 90% das células bacterianas que ocupam o intestino humano. A mudança para microbiota adulta acontece após o desmame e, já no segundo ano de vida, a constituição da microbiota intestinal torna-se similar àquela de um adulto e mantém-se relativamente estável ao longo da vida. A quantidade e variedade de microrganismos aumentam progressivamente desde o estômago até o cólon. Em um indivíduo adulto, o trato gastrointestinal contém 10 vezes mais bactérias do que o número de células do corpo humano inteiro. Como esses microrganismos são metabolicamente ativos e interagem continuamente com o seu ambiente, são capazes de exercer uma influência significativa no desenvolvimento e na fisiologia do hospedeiro. Os prebióticos são ingredientes de alimentos que beneficiam o organismo do hospedeiro estimulando o crescimento e/ou o aumento da atividade de um número limitado de espécies de bactérias, gerando seletividade no cólon e possíveis benefícios à saúde e ao bem-estar dos indivíduos. Os probióticos são definidos como microrganismos vivos os quais conferem benefícios de saúde ao hospedeiro, quando administrados em quantidades adequadas. Sendo assim, o objetivo deste artigo é discutir do que se tratam os prebióticos e probióticos, assim como os seus possíveis efeitos à nossa saúde. (mais…)
O trato gastrointestinal humano constitui o habitat de uma comunidade bastante grande e diversificada de microrganismos (bactérias). A colonização do trato gastrointestinal inicia-se imediatamente após o nascimento. Durante os primeiros dias de vida, o intestino é colonizado por bactérias provenientes do ambiente e da mãe. Entre 10 a 20 espécies compõem em torno de 90% […]
06 mai 15
O termo síndrome metabólica é utilizado para descrever uma série de alterações metabólicas que podem trazer enorme prejuízo à saúde. Estas alterações são representadas pela resistência à insulina ou aumento da glicemia (aumento do açúcar no sangue), obesidade abdominal, alterações de colesterol (LDL alto e HDL baixo) e triglicérides, e hipertensão arterial. Estes fatores são importantes porque cada componente aumenta o risco de doença cardiovascular e do desenvolvimento de diabetes, sendo que pode haver sinergismo entre eles, aumentando assim o risco. Desta forma, o objetivo deste artigo é mostrar a importância de se perceber que estas alterações podem nos prejudicar enormemente, e que a sua presença em conjunto não é apenas uma coincidência, e sim um enorme risco. (mais…)
O termo síndrome metabólica é utilizado para descrever uma série de alterações metabólicas que podem trazer enorme prejuízo à saúde. Estas alterações são representadas pela resistência à insulina ou aumento da glicemia (aumento do açúcar no sangue), obesidade abdominal, alterações de colesterol (LDL alto e HDL baixo) e triglicérides, e hipertensão arterial. Estes fatores são […]
18 abr 15
A fibra alimentar tem sido relacionada a uma serie de eventos fisiológicos e nutricionais, benéficos à saúde humana, já que sabidamente promove a melhora do trânsito intestinal, retarda o esvaziamento do estômago (aumenta a saciedade e facilita a perda de peso), melhora o volume e consistência das fezes, promove o crescimento seletivo de bactérias no intestino, reduz os níveis de colesterol no sangue e no fígado e diminui a absorção de açúcar. Desta forma, pode-se afirmar que as fibras alimentares atuam sobre o metabolismo dos carboidratos, dos lipídios (gorduras), da fome e da saciedade, além de participar da prevenção de doenças crônicas, como o diabetes, doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral), obesidade e alguns tipo de câncer. Devido a estas associações interessantes para a nossa saúde, descrevo neste artigo a definição, tipos, características e funções das fibras. (mais…)
A fibra alimentar tem sido relacionada a uma serie de eventos fisiológicos e nutricionais, benéficos à saúde humana, já que sabidamente promove a melhora do trânsito intestinal, retarda o esvaziamento do estômago (aumenta a saciedade e facilita a perda de peso), melhora o volume e consistência das fezes, promove o crescimento seletivo de bactérias no […]
20 mar 15
A esteatose hepática representa a alteração gordurosa que acomete o fígado, e que tem como nomenclatura mais completa “Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica” (NAFLD – nonalcoholic fatty liver disease). A definição da esteatose hepática pela Associação Americana para o Estudo das Doenças do Fígado é de que a esteatose representa o acúmulo primário de gordura no fígado, sem que este acúmulo tenha sido causado por outras alterações, como o consumo de álcool, medicação ou doenças hereditárias. No mecanismo da esteatose hepática, vesículas de gordura são incorporadas às células do fígado, chamadas de hepatócitos. A esteatose hepática primária está comumente associada às alterações metabólicas (conhecidas como Síndrome Metabólica), como a obesidade, a resistência à insulina (diabetes) e alterações de colesterol e triglicérides (dislipidemias). Estas alterações metabólicas são importantes porque aumentam o risco de doença cardiovascular e diabetes, grandes causadoras de óbitos. Além disso, este acúmulo de gordura no fígado pode gerar um processo inflamatório nas células deste órgão, causando um quadro de esteato-hepatite não alcoólica. O problema é que a esteato-hepatite pode evoluir para a fibrose, cirrose hepática e câncer de fígado (hepatocarcinoma). Desta forma, o meu objetivo com este artigo é discutir a relação da esteatose hepática com os distúrbios metabólicos e seus riscos, além das lesões que ocorrem no fígado decorrentes da presença da gordura. (mais…)
A esteatose hepática representa a alteração gordurosa que acomete o fígado, e que tem como nomenclatura mais completa “Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica” (NAFLD – nonalcoholic fatty liver disease). A definição da esteatose hepática pela Associação Americana para o Estudo das Doenças do Fígado é de que a esteatose representa o acúmulo primário de gordura […]
10 mar 15
Tanto médicos quanto pacientes se sentem confusos sobre a quantidade de cálcio que devemos ingerir para reduzir os riscos de fraturas, e mais ainda, se a suplementação de cálcio é realmente necessária. Sabe-se hoje que a deficiência de cálcio por longos períodos pode claramente aumentar as chances de desenvolvimento da osteoporose (perda de massa óssea), mas erradamente algumas pessoas acreditam que eventos fisiológicos da perda de massa ósseas como a menopausa e a idade, e que estão associadas a fraturas, podem ser extensivamente interrompidos pela suplementação do cálcio. Além disso, enquanto algumas pessoas apresentam um maior risco devido à deficiência de cálcio, aquelas que usam os suplementos podem ingerir mais deste mineral do que o necessário. Esta dificuldade em propor a suplementação do cálcio decorre do conhecimento médico ainda não totalmente esclarecido sobre as interações entre o cálcio e a vitamina D, onde não se define os riscos associados claramente da deficiência desta substâncias isoladamente. O objetivo deste artigo é discutir a relação entre a ingestão de cálcio e a redução do risco de fraturas, além de comentar sobre a segurança na suplementação do cálcio. (mais…)
Tanto médicos quanto pacientes se sentem confusos sobre a quantidade de cálcio que devemos ingerir para reduzir os riscos de fraturas, e mais ainda, se a suplementação de cálcio é realmente necessária. Sabe-se hoje que a deficiência de cálcio por longos períodos pode claramente aumentar as chances de desenvolvimento da osteoporose (perda de massa óssea), […]