Apendicite
Aguda
O
que é?
Apendicite aguda é o
nome dado à inflamação e a infecção
do apêndice cecal. O apêndice cecal é
uma extensão do intestino (ceco), com 6 a 10cm
de extensão, que se situa no lado direito e inferior
do abdome.
A inflamação do
apêndice ocorre devido à obstrução
do seu interior por fecalitos (fezes). Devido a esta
obstrução, ocorre uma grande proliferação
de bactérias, e assim instala-se um processo
infeccioso, que pode ser leve ou intenso, dependendo
do tempo em que o tratamento será realizado.
Sintomas
O diagnóstico
da apendicite aguda é feito, primeiramente, baseando-se
nos sintomas referidos pelo paciente e no exame físico
realizado pelo médico. A historia típica
da apendicite é a de dor generalizada do abdome,
associada à perda de apetite e náusea.
Com o passar do tempo, a dor se instala na região
epigástrica (estômago), seguindo para a
região do umbigo, até finalmente se localizar
na parte inferior e direita do abdome. Nesta fase, vômitos
podem ocorrer. Em geral ocorre febre baixa (até
38 °C), elevando-se nos casos de perfuração
do apêndice (“supurado”).
Ao exame físico, o paciente
refere dor à palpação da parte
inferior direita do abdome, com freqüente endurecimento
da parede abdominal neste local. Os movimentos intestinais
ficam mais lentos, o que é percebido pela distensão
abdominal, pela diminuição da eliminação
de gases e fezes, e pela diminuição dos
ruídos intestinais. Nos casos de perfuração
do apêndice, com contaminação de
toda a cavidade abdominal com pus, todo o abdome ficará
dolorido.
Exames
A maioria dos pacientes com
apendicite aguda mostra alteração no hemograma,
caracterizada por aumento do número das células
de defesa (leucócitos), que variam de 10000 a
20000 células (o normal é de até
10000 células). O exame de urina também
pode mostrar alteração, devido ao contato
do apêndice inflamado com o ureter e a bexiga.
Quanto aos exames de imagem,
os mais utilizados atualmente são a ultra-sonografia
e a tomografia computadorizada de abdome. Estes exames
mostram o espessamento do apêndice e a presença
de pus ao seu redor (abscesso). Além disso, estes
exames também são úteis para o
diagnóstico de outras doenças que causam
dor abdominal, e que podem ser confundidas com apendicite,
principalmente nas mulheres (cisto de ovário,
gravidez tubária). Os estudos atuais mostram
que a tomografia computadorizada mostra maior eficácia
do que a ultra-sonografia para os diagnósticos
de apendicite aguda.
Tratamento
O tratamento da apendicite é
a retirada do apêndice, cirurgia chamada de apendicectomia.
No entanto, devido ao quadro infeccioso associado, todos
os pacientes devem receber antibióticos, tanto
no período pré-operatório, quanto
no pós-operatório.
Atualmente, o método indicado para a realização
da apendicectomia é a cirurgia vídeo-laparoscópica,
realizada através de 3 pequenas incisões,
e com o auxílio de um monitor. Este tipo de cirurgia
permite uma recuperação mais rápida,
devido ao pequeno tamanho das incisões, além
de um melhor efeito estético. Além disso,
a cirurgia vídeo-laparoscópica permite
a inspeção de toda a cavidade abdominal,
excluindo-se assim, outras causas de dor abdominal.
Nos casos em que há um grande abscesso, há
a necessidade de colocação de dreno para
o completo esvaziamento do pus da cavidade abdominal.
O tempo de internação
varia de 24 a 72 horas em média, dependendo sempre
do aspecto do apêndice e da presença de
pus no momento da cirurgia.
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